A rastreabilidade de carbono em cadeias de suprimentos tornou-se ponto crítico para contratos e acesso a mercados. Segundo Leonardo Manzan, a due diligence de emissões e de fornecedores sustentáveis deve combinar critérios jurídicos, métricas técnico-ambientais e controles fiscais para reduzir riscos regulatórios e reputacionais. Em setores intensivos em energia, a comprovação de pegada de carbono e de conformidade ESG influencia preço, financiamento e elegibilidade a incentivos.
- Fundamentos jurídicos e escopo da diligência na leitura de Leonardo Manzan
- Métricas de emissões e integridade de dados, conforme avalia Leonardo Manzan
- Controles contratuais e fiscais aplicáveis a fornecedores críticos para Leonardo Manzan
- Tecnologia, auditoria e provas de conformidade na ótica de Leonardo Manzan
- Integração com finanças sustentáveis e cadeias globais de valor segundo Leonardo Manzan
- Próximos passos práticos para um programa de diligência robusto
A pressão normativa cresce com mecanismos como mercados regulados de carbono e ajustes de fronteira. Sem governança de dados e documentação auditável, empresas perdem competitividade e ficam expostas a autuações por inconsistências entre relatórios, notas fiscais e inventários de emissões.
Fundamentos jurídicos e escopo da diligência na leitura de Leonardo Manzan
Na leitura de Leonardo Manzan, a due diligence deve mapear obrigações legais ambientais, fiscais e de transparência aplicáveis aos elos da cadeia. O escopo mínimo inclui diagnóstico de licenças, passivos ambientais, sanções anteriores, regularidade tributária e aderência a políticas anticorrupção e de direitos humanos. Em paralelo, é necessário validar a metodologia de mensuração de emissões, os limites organizacionais do inventário e a interoperabilidade dos dados com padrões aceitos pelo mercado.

Convém estabelecer matrizes de risco por categoria de fornecedor, com critérios objetivos para qualificação, suspensão e remediação. Cláusulas contratuais de divulgação de dados, auditoria independente e rescisão por não conformidade reduzem assimetria informacional e fortalecem a defesa em litígios.
Métricas de emissões e integridade de dados, conforme avalia Leonardo Manzan
Conforme avalia Leonardo Manzan, a consistência metodológica é decisiva. Inventários devem explicitar fatores de emissão, fontes de dados e controles de qualidade. A segmentação por Escopos 1, 2 e 3 evita dupla contagem e orienta estratégias de abatimento. Para o Escopo 3, onde estão compras de bens e serviços, convém priorizar categorias materiais e substituir estimativas genéricas por dados primários de fornecedores críticos.
A integridade depende de trilhas de auditoria: quem mediu, quando, com que ferramenta e qual evidência comprova o número. Sistemas de gestão documental integrados às obrigações fiscais permitem reconciliar volumes, faturamento e emissões, reduzindo divergências entre relatórios ESG e livros contábeis.
Controles contratuais e fiscais aplicáveis a fornecedores críticos para Leonardo Manzan
Para Leonardo Manzan, a diligência deve se refletir em contratos. Disposições sobre padrões de reporte, verificação por terceira parte e plano de correção com prazos definidos criam incentivos à melhoria contínua. Mecanismos de step-in e direito de substituição protegem a operação em caso de descumprimento material.
No eixo fiscal, alinhar cadastros, NCMs, CFOPs e descrições técnicas com a realidade operacional evita glosas e sustenta a coerência entre inventário de emissões e documentos fiscais. Em projetos de energia, a rastreabilidade de atributos ambientais (ex.: certificados de energia renovável) deve estar vinculada a lastro documental robusto para prevenir dupla alocação de benefícios.
Tecnologia, auditoria e provas de conformidade na ótica de Leonardo Manzan
Na ótica de Leonardo Manzan, soluções digitais elevam a confiabilidade: integrações EPR/ERP, medição avançada de dados energéticos, registros imutáveis de evidências e controles de acesso. Dashboards de risco combinando indicadores fiscais e ESG permitem priorizar fornecedores de maior materialidade e acionar auditorias direcionadas.
A prova técnica sustenta defesas administrativas e judiciais. Dossiês de conformidade devem reunir contratos, políticas, inventários, laudos de verificação, notas fiscais, memorandos metodológicos e logs de sistemas. Essa curadoria documental reduz incerteza probatória e encurta disputas.
Integração com finanças sustentáveis e cadeias globais de valor segundo Leonardo Manzan
Leonardo Manzan explica que uma diligência eficaz cria efeitos financeiros positivos: melhora rating ESG, reduz custo de capital e habilita instrumentos como debêntures verdes e sustainability-linked loans. Em comércio exterior, conformidade de emissões e de origem sustentável mitiga riscos de barreiras regulatórias e mantém margens em mercados exigentes.
Empresas que estruturam metas baseadas em ciência, revisam cláusulas de compra e treinam fornecedores estratégicos conseguem reduzir emissões do Escopo 3 de forma mensurável. A convergência entre compliance fiscal, ambiental e contratual evita incoerências que alimentam autuações e litígios.
Próximos passos práticos para um programa de diligência robusto
Conforme aponta Leonardo Manzan, a implantação deve seguir etapas claras: mapeamento regulatório por jurisdição; materialidade de Escopos; segmentação de fornecedores; desenho contratual; seleção de métricas e fatores de emissão; arquitetura de dados; plano anual de auditorias; e governança com comitê multidisciplinar. Indicadores de desempenho vinculados a metas de redução e a bonificações contratuais reforçam alinhamento de incentivos.
A atualização contínua dos critérios, acompanhando mudanças normativas e tecnológicas, preserva a relevância do programa. Com governança, métricas íntegras e documentação sólida, a due diligence de emissões e fornecedores deixa de ser custo defensivo e passa a ser alavanca de competitividade, acesso a mercados e resiliência jurídica.
Autor: João Bastos
